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Primeiro encontro da AEL

  • Nick Gomes
  • 18 de jun. de 2016
  • 6 min de leitura

Após a oficina de oratória, a visita a exposição ‘’A Beleza na Escultura de Michelangelo’’, o 1°Campeonato de Nonogramo Lógico da EMEB Estância. O grêmio traz um novo projeto, com apoio da direção e coordenação escolar, destacando a diretora Dona Helena e a coordenadora Dona Diva. Também a diretora Cidinha Barreto, que atua na Escola Batuíra, próxima a EMEB Estância, por já conhecer o projeto e se propor a nos ajudar na formação dele. É um Projeto de Literatura com a finalidade de estimular o gosto pela leitura e aprimorar a escrita; desenvolver hábitos de estudo; criar uma rotina disciplinar; promover a autoestima; praticar a inclusão; desenvolver uma postura "acadêmica" que tenha reflexos na sala de aula; ajudar a vencer barreiras de timidez; resgatar valores de humanização. Teve início em 2005, na EMEF Padre Antônio Vieira. Em 2006 começou a expansão para outras escolas da DRE Penha. O projeto denomina-se Academia Estudantil de Letras. Entenda como o projeto funciona:


O projeto


O público envolvido são alunos e professores, gestores, funcionários e pais de alunos das escola da EMEB Estância Hidromineral de Poá. Tem como objetivo, desenvolver o gosto dos alunos pela leitura, elevando sua autoestima, promovendo a inclusão social no processo de aquisição da linguagem, por meio de metodologia lúdica, configurando-se em uma estratégia pedagógica de motivação prazerosa, que apresente resultados positivos de transformação da vida desses educandos. A AEL é uma autêntica Academia de Letras, com as devidas adaptações para o público estudantil. Os alunos escolhem um autor da literatura para representar na Academia. Fazem pesquisas e realizam seminários sobre os seus amigos literários. Assistem a palestras de poetas, escritores e artistas convidados. Os mais experientes vão, pouco a pouco, assumindo a titularidade das cadeiras pretendidas. Outros, mais novos, dos anos precedentes, também são preparados, como membros correspondentes ou suplentes, para assumir a vacância da titularidade, quando os primeiros saem, ficando, assim, garantida a continuidade do processo. Frequentam aulas de literatura (focadas no lúdico) e de teatro, fora do horário regular das suas aulas. Vêm para a AEL por livre iniciativa e, geralmente, continuam no projeto até a conclusão dos seus cursos. Participam de eventos culturais, solenidades de fundação de novas Academias, festas anuais de posse e mostras de teatro, onde encenam obras da literatura. A Academia Estudantil de Letras configura-se em um espaço de leitura, que explora a função humanizadora da literatura, sensibilizando, provocando reflexões, elevando a autoestima e favorecendo o exercício do protagonismo infanto-juvenil e adulto. A equipe gestora e a equipe docente levam a proposta do Projeto AEL para conhecimento e aprovação da comunidade escolar, em reunião do Conselho Escolar. Há uma mobilização conjunta, no sentido de divulgá-lo junto aos alunos e acolher inscrições. A Lista dos Acadêmicos é preenchida com o número da Cadeira Literária, nome do aluno interessado, ano escolar e nome do autor pretendido que, geralmente, é definido durante o processo. Excetuando-se a Cadeira Número 1, que é reservada para o aluno que representará o Patrono da futura Academia, as demais cadeiras literárias são numeradas na ordem em que vão surgindo. Não há exigência de qualquer pré-requisito para o ingresso dos alunos nem se estabelece um limite máximo quanto ao número de participantes, porém, este deverá ser ajustado ao número de professores disponíveis para assessorá-los. Esses professores exercem na AEL a função de Coordenadores dos Estudos Literários. Desenvolvem as atividades fora do horário regular das suas aulas atribuídas e também do horário regular das aulas dos alunos. Frequentam os Cursos de Formação, promovidos pela Diretoria Regional de Educação Penha, para subsidiar o trabalho e detalhar a metodologia utilizada na dinâmica das ações. Os Encontros Literários acontecem na própria escola, em dias e horários determinados, com agrupamentos e ações definidas. A Pasta do Acadêmico é elaborada com a intenção de despertar a curiosidade, organizada como se fosse um jogo, instigando a ampliação da pesquisa, a partir dos dados oferecidos. Os professores criam atividades interessantes e lúdicas, para surpreender os alunos e apresentar os autores aos grupos, utilizando livros, recursos midiáticos, encenações, músicas etc. À medida que vão escolhendo os autores, os acadêmicos selecionam também um trecho da respectiva obra, para apresentar no dia da posse. Alunos e professores escolhem uma cor para identificar a Academia, simbolizada no uniforme acadêmico, na toalha da mesa de honra no dia da solenidade, na capa do Livro Oficial de Atas e em todos os detalhes. O palco é ornamentado com flores. É confeccionado um banner, com a foto do patrono, uma frase extraída da sua obra, o nome da escola e o da Academia, e a data da fundação. O Cerimonial é organizado com esmero; a Comunidade Escolar participa, emocionada, do evento. Todos os acadêmicos são recebidos com as mesmas honras. Individualmente, são chamados pelo Mestre de Cerimônias, representante da equipe gestora ou da equipe docente; assinam o Livro de Posse, recebem o Certificado, a Medalha, a Capa Acadêmica, e realizam uma breve apresentação cênica sobre o seu autor. São recepcionados pelos alunos acadêmicos da mais recente Academia fundada, que entregam rosas aos recém-empossados, num gesto simbólico de profunda manifestação de amizade e respeito. Após a chamada do último aluno, é realizado o Juramento Acadêmico, conduzido pelo titular da cadeira número um da nova Academia. Anualmente, esse ritual é repetido, com os veteranos recepcionando os novos integrantes. Após um ano de funcionamento, as Academias passam a contar com a assessoria de profissionais das Artes Cênicas, contratados para, também no contraturno escolar, ministrar aulas de Teatro para os alunos da AEL. Esses arte-educadores preparam-nos para a Posse Cênica e são responsáveis por adaptar e ensaiar as obras literárias que serão apresentadas na Mostra Anual de Teatro, no Centro de Educação Unificado (CEU), com a presença de todas as Academias. Além das reuniões semanais de literatura e de teatro, mensalmente, são realizados os Seminários dos alunos sobre os autores e suas obras, resultado das pesquisas feitas, momento também em que compartilham textos e experiências. Os Seminários constituem-se em um momento especial, em relação ao exercício do protagonismo infanto-juvenil, pois, para realizá-los, os acadêmicos utilizam-se de todos os recursos materiais disponíveis e ainda contam com a colaboração espontânea dos colegas, numa demonstração admirável de solidariedade e de companheirismo. Escritores, poetas e convidados, professores e pais dos alunos acadêmicos comparecem a esses encontros. O Cronograma Anual das Atividades é organizado com a seguinte configuração: no primeiro semestre são realizadas as Festas Anuais de Posse em todas as escolas que já fundaram suas Academias e, no segundo semestre, as Fundações das Novas Academias, e a Mostra Anual de Teatro. Resultados pedagógicos obtidos: Atualmente, existem 22 (vinte e duas) Academias Estudantis de Letras, na Rede Municipal de São Paulo, inauguradas entre 2005 e 2012, envolvendo cerca de 1500 (mil e quinhentos) alunos, resultado da expansão de um projeto que nasceu de forma espontânea em uma escola da região leste. A iniciativa também serviu de modelo para a implantação de Academias Estudantis de Letras em escolas das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Poá e Suzano e, para além do estado, em Apodi, interior do Rio Grande do Norte. Na Internet há registro da reaplicação da experiência em outros estados do Brasil, como Quixadá (CE) e Tijucas (SC). Os depoimentos, de professores e de alunos, quanto aos resultados obtidos, são estimulantes e podem ser comprovados: • avanço na aprendizagem dos alunos, no exercício do protagonismo infanto-juvenil e adulto, na edificação da autoestima como elemento de valorização humana; • desenvolvimento da capacidade comunicativa dos alunos, das competências leitora e escritora, da oralidade e da expressão artística; • preocupação dos alunos com as manifestações preconceituosas, falta de coleguismo, uso de palavras ofensivas; • constatação de que a postura acadêmica é, gradativamente, vivenciada também nas salas de aula; • procura acentuada dos alunos acadêmicos pelas Salas de Leitura e Laboratórios de Informática das Unidades Escolares, inclusive, nos horários optativos, para retirada de livros e realização de pesquisas; • interação das Academias por meio de redes sociais e blogs, criados pelos professores e alunos envolvidos no Projeto ; • integração de todas as Academias, em momentos especiais de solenidades e participação coletiva, em eventos externos; • participação e premiação de alunos acadêmicos em concursos literários de âmbito nacional; • bom desempenho escolar dos alunos acadêmicos que ingressam no Ensino Médio, notadamente em Língua Portuguesa e Literatura; • participação significativa dos pais e da comunidade escolar em todos os eventos promovidos pela AEL; • manifestação de apoio ao Projeto por parte de escritores consagrados, homenageados como patronos de Academias: Ziraldo, Pedro Bandeira, Lygia Fagundes Telles, Chico Buarque de Hollanda, Walcyr Carrasco, Ana Maria Machado, Rubem Alves, Luís Fernando Veríssimo, Tatiana Belinky e Ricardo Azevedo. Primeiro encontro da AEL O primeiro encontro da AEL, aconteceu quarta-feira (08/06), os alunos convidados a fundar essa nova Academia na EMEB Estância, foram alunos que já participavam deste projeto na escola de onde vieram, já que já sabiam como funcionava o projeto. Mas, com a adição de mais alguns alunos que nunca haviam falar do projeto, mas seu interesse por literatura era notável. Comparecerão neste primeiro encontro, com a falta de alguns, os alunos: Abner 7º I, Isabela Salmeron 8ºD, Rafaella Encarnação 9ºB, Bianca 7ºG, Diego 7ºG, Caio Augusto 7º F. Em um café literário, ministrado pelos professores Marcelo (História) e Welligton Vínicius (Língua Portuguesa), cada um discutiu como a leitura entrou em sua vida. Cada um ficou responsável de escolher seu ‘’amigo literário’’. Ficaram também, de pensar na escolha de um patrono pra Academia.




 
 
 

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